muito amada e pouco amada
dos dias, das noites em vão
do tempo sem dormir e em serão
derivando entre o sim e o não
dos elogios quando dou e estou presente
e ser relembrada nos piores momentos
cansada da ganância, do abraço longe de mim
esfaqueada quando me encontro no chão e algo é ruim
de criticas destrutivas, sem calma
de conselhos vazios, amargos
de peritos, grande sabedores, sem alma
que me apontem o dedo quando erro
esquecendo que sou mulher e humana
cansada das palavras onde me enterro
sentimentos pisados e tudo me engana
de sorrir com a dor a torturar
da cruz que carrego anos seguidos
Tenho os ombros doridos, o coração despido
sob a melancolia crepuscular
dos meus dias, tristonhos, sombrios, perdidos
dedos a sangrar de tantos versos por expressar
Quem, quem, procura saber ou entender?
não falem o meu nome sem ouvir a razão
Estou cansada, repito, cansada!
preciso respirar