quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Duas almas na Ribeira do Porto
Se eu soubesse, que seria a última vez que te via entrar
pela porta, abraçaria, tudo o que existe para viver e amar num só dia, seria
mistério, mulher, lua e fantasia
não sofria, vivendo morta
Se eu soubesse, que era a última vez que ouviria a tua
voz, cada palavra tua, seria poesia, para que eu pudesse ler, sem pranto,
guardava cada gesto, canto, para mais tarde recordar, sem esta dor atroz
Se eu soubesse, que seria o último céu em que olhamos a
ribeira, seria o sol no retrato que tiraste, a estrela no horizonte da alegria,
no brilho do meu olhar, saberias, este amor foi magia
Se eu soubesse, que naquela noite a tua boca falava a
despedida, seria a flor dos teus lábios, sentirias o prazer sem medida
És aquele que abracei num entardecer de outono e o tempo
nunca esqueceu, o beijo antes de partires, o corpo junto ao meu e a memória
grita, fui tua, não tem como esconder e dizer que não aconteceu, é mais forte
do que eu, a minha pele arrepia, acredita
Não queiras abandonar-te na tristeza, no medo onde se
escondem os segredos, perto do violino que guardas no peito, sou melodia que danço
nos teus dedos, por ti, meu amor, choram as madrugadas para te escrever,
aquelas lágrimas que rezaram à saudade, como poderei esquecer?
Escrevo-te hoje assim, simples, vives na minha alma
eternamente
(é esta a carta que escrevi e nunca lês-te)
Dos meus lábios, nunca ouviste um adeus...
Renascer
os lábios mudos,pensamentos sem rumo,a memória acorda,choram as guitarras
Sim...lembro-te, esqueço-me
Sei de um retrato que tiraste na intimidade que não conheço
um gesto, uma palavra que pensaste, o poema que nunca li, mas
choraste
sei de tudo um resto, um olhar e do luar onde
adormeço
Tentei,sim eu tentei
Esquecer-te ali, abandonar-me na solidão, não consegui, era luz
o teu rosto
tentei ser aquilo que outrora fui e que por ti me esqueci de
ser
na alma um rio, doces as lágrimas, no mar dos
olhos, salgadas de desgosto
E num olhar em pranto,no horizonte perdido,lembrei-me do teu
sorriso
eu tentei...
renascer, para não morrer na tua partida sem aviso
Texto registado e protegido pelo IGAC
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Mar
Mar
As ondas
Dançam
Saudade
Lágrimas
Salgadas
Do meu olhar
Distante
No vazio
Sem palavras
Abandono
Silêncio
Na brisa
Do Outono
Lembranças
Sentidas
Sem sono
Porto sem cais
Alma esquecida
Solitária no arco-íris
Um adeus sem despedida
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Um último olhar
Na escuridão, o coração voa e espera na
sombra da lua...
Aguardando o momento, nas horas perdidas
para te dizer: sou tua
Tão perto, distante, porque me esqueces, fora
do alcance
Sem toques, nem cheiro, és um livro
fechado, sem fim
Na minha caminhada por esta estrada
infinita invento um romance
Da sonhadora que me habita, estou sempre em
ti, estás sempre em mim
E assim, em poemas sem endereço, espero por
ti
Um dia, esse livro fica esquecido, na
memória sem saber do quê
Um último olhar, um beijo, abraço que senti
e escrevi
Quando os sonhos adormecem em silêncio, as
palavras choram no vazio sem tempo e morre a poetisa que morava dentro de
mim e eu, sou pó, rosa negra, alma que sangra
Poesia num lamento, perdida na voz do vento
Poesia num lamento, perdida na voz do vento
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
És TU...flor
Estás sempre no pensamento
Sorrio quando penso em ti
És presença que dança ao som do vento
Lentamente...voas intensamente
Perfumada no coração
Oiço a tua respiração
És rosa,perfume da paixão
Terra,corpo,onde desejo morar
Pétalas de emoção são as tuas mãos
Suaves na pele para namorar
E o teu cheiro Primavera...
Doces quimeras
Sensações,fogo,ternura,eterna
És Tu a Lua
O brilho das ondas do mar
Magia,dançarina,pura,divina e nua
És tu o sol,calor
Quente caricia do verbo amar
Sonho,perdição,amor
És tu o céu,desejo,beijo,abraço
És TU...flor
Melodia,pecado,poesia no espaço
Quero,amar-te perdidamente
Estar em ti,ser em ti,sermos nós
A tua existência,loucamente,a nossa essência
Nunca sós,sermos sempre,eternamente
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